quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

DICAS DE CRIAÇÃO DE CARNEIROS E REPRODUÇÃO EM OVINOS.


DICAS DE CRIAÇÃO DE CARNEIROS E REPRODUÇÃO EM OVINOS.

Eficiência Reprodutiva em Ovinos

Deus perdoa sempre, o homem perdoa às vezese a natureza não perdoa nunca!


Dicas
Eficiência Reprodutiva em Ovinos

ImagemÉ entendido como eficiência reprodutiva o somatório da fertilidade, da prolificidade e da sobrevivência dos cordeiros ao desmame. No entanto, vale ressaltar, que o número de cordeiros nascidos por ovelha acasalada é resultado da fertilidade e da prolificidade, enquanto a sobrevivência dos cordeiros está associada à alimentação adequada durante o período pré-parto até o desmame aliado à habilidade materna.

Eficiência Reprodutiva em Ovinos

É entendido como eficiência reprodutiva o somatório da fertilidade, da prolificidade e da sobrevivência dos cordeiros ao desmame. No entanto, vale ressaltar, que o número de cordeiros nascidos por ovelha acasalada é resultado da fertilidade e da prolificidade, enquanto a sobrevivência dos cordeiros está associada à alimentação adequada durante o período pré-parto até o desmame aliado à habilidade materna (Coutinho & Silva, 1989; Siqueira, 1990; Azzarini, 1999).

Por tanto, a eficiência da produção, conforme Siqueira (1990) e Pilar et al. (2000), depende do desempenho reprodutivo das matrizes, da velocidade de crescimento dos cordeiros e do nível nutricional para ambos. Desta forma, é indispensável um planejamento nutricional adequado, de acordo com a fase produtiva das matrizes. (Veja figura abaixo)

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Enfim, o maior indicador da eficiência reprodutiva de um rebanho ovino de corte é a relação existente entre

o número de cordeiros desmamados (aos 45 a 52 dias

de idade e com 12 a 15 kg de peso vivo) e o número

de matrizes acasaladas no rebanho durante um ano,

calculada como no exemplo abaixo:

1. Manejo Reprodutivo das fêmeas
1.1. Intervalo entre parto

Levando em consideração que as ovelhas estejam com um bom manejo, boas condições sanitárias e com adequado estado nutricional, elas podem ser férteis durante o seu período reprodutivo (acasalamento/dezembro-abril). Podendo dar ao produtor 1-2 cordeiros por ano e repetir cria no ano seguinte.

1.2. Idade para o primeiro acasalamento

Segundo Minola & Goynechea (1975), Derivaux (1980), Hafez (1988), Dukes (1996) e Nunes et al. (1997), nos ovinos, as fêmeas podem entrar em puberdade entre 4 e 8 meses de idade, com 25 a 35 kg de peso vivo, isto é, quando atingirem 60 a 75% do peso de uma fêmea adulta do rebanho, o que é influenciado pela raça e pelo nível nutricional oferecido. Portanto, o aparecimento do primeiro cio fértil de uma cordeira ocorre antes que a mesma tenha completado o seu desenvolvimento corporal, por isso, é necessária a separação por sexo a partir do quatro meses de idade para impedir que coberturas indesejáveis venham a ocorrer e comprometam a evolução futura da fêmea. Estas mesmas fêmeas devem ser descartadas aos seis anos de idade ou após 6 a 7 partos durante a sua vida reprodutiva.

1.3. Período pré-acasalamento

Com um prazo de 30 dias antes do período de acasalamento todas as fêmeas do rebanho deverão passar por uma criteriosa análise, desde aspectos sanitários gerais, exame de úbere, dentição e o escore de condição corporal (ECC), que deve estar entre 3,0 e 3,5. (Veja figura abaixo) Segundo Minola & Goynechea, 1975; Coutinho & Silva, 1989; Cunha et AL (1999), se necessário for, fornecer uma alimentação de qualidade para as ovelhas entrarem no período de acasalamento ganhando peso (flushing reprodutivo).


2. Cuidados com o Carneiro

Pelo mínimo 60 dias antes do período de acasalamento, também deverá ser realizado o exame clínico-andrológico nos machos que irão para a estação de monta, e se possível, fazer o exame de sêmen para avaliar a capacidade do mesmo. Aos 30 dias antes do acasalamento, o produtor deve desverminar os animais, verificar a presença de parasitas externos e outras infecções. Examinar e aparar cascos. Também vacinar contra a enterotoxemia e demais clostridioses. Obs.: Nesta época os reprodutores não deverão estar gordos, e sim com um bom estado de condição corporal (3,0 e 3,5).E deverá ser fornecido uma alimentação de boa qualidade até o final do período de acasalamento.

3. Sistemas de acasalamento


3.1 Monta controlada ou dirigida

Conforme Coutinho & Silva (1989); Traldi (1990) e Cunha et al. (1999), este sistema de acasalamento é o mais indicado, tecnicamente, para rebanhos de até 100 matrizes e que pode ser realizado de duas maneiras:

1ª) Pode-se utilizar rufiões (machos inteiros vasectomizados ou machos castrados, mas que recebem aplicação de hormônio masculino). Os rufiões, com marcadores de tinta solúvel na região do peito, permanecem junto às matrizes para identificação dos cios. Nas ovelhas identificadas em cio deve-se realizar duas coberturas, com o reprodutor indicado. A segunda cobertura com intervalo de 12 horas da primeira e de preferência nas horas mais frescas do dia.

2ª) Pode-se utilizar o próprio reprodutor indicado, com marcador no peito, durante a noite (mangueira), e na manhã, separar as ovelhas cobertas, as quais encontram-se marcadas. Neste caso, o reprodutor durante o dia deverá receber uma alimentação de qualidade (principalmente rica em proteínas), água e proteção do calor.

3.2 Inseminação artificial

Em rebanho acima de 100 matrizes a inseminação artificial passa a ser um método recomendável (Coutinho & Silva, 1989; Traldi, 1990; Cunha et al, 1999). Porém, exige conhecimento do produtor ou assistência de um técnico da área, além da boa estrutura da propriedade, quanto à organização, instalações e recursos humanos. Para este sistema, a identificação de cios deverá ser realizada através de rufiões. Independente do sistema de acasalamento, após 14 a 18 dias da cobertura todas as ovelhas devem ser colocadas com os rufiões ou com o próprio reprodutor. Isto porque, o ciclo estral das ovelhas se repete, em média, a cada 17 dias e desta forma as que não conceberam terão outra oportunidade.

4. Período de acasalamento

As matrizes devem estar ganhando peso durante todo este período. As ovelhas quando ganham peso antes e durante o período de acasalamento melhoram a fertilidade, apresentando menor número de ovelhas falhadas, assim como apresentam aumento na quantidade de partos gemelares (Minola & Goyenechea,1975; Coutinho & Silva, 1989; Coimbra Filho, 1992; Cunha et al, 1999). Quando o acasalamento é eficiente, este período terá uma duração média de 45 a 55 dias, tempo suficiente para todas as ovelhas terem suas três chances de serem cobertas e concebidas, independente do sistema de acasalamento.

5. Período de gestação

A gestação das ovelhas dura aproximadamente 21 semanas, compreendendo um período que pode variar de 140 a 150 dias, ou seja, em torno de 5 meses. De acordo com Minola & Goyenechea (1975); Coutinho & Silva (1989), Susin (1996) e Cunha et al., (1999), o período de gestação é considerado em duas fases distintas:

1ª Fase da gestação: É o período correspondente aos dois primeiros terços, ou seja, os três primeiros meses ou até 90 a 100 dias de gestação. Neste período ocorre a diferenciação dos órgãos e tecidos, assim como o crescimento do feto de até 30% de seu peso corporal, numa faixa de peso entre 0,5 a 1,0 kg. Na primeira fase da gestação poderá ser fornecida uma alimentação, que satisfaça as exigências nutricionais de mantença das matrizes. Porém, jamais sofrer restrição alimentar nas primeiras 3 a 4 semanas após a cobertura, para que não ocorra redução nos índices de concepção, bem como não comprometer a implantação do embrião no útero e desenvolvimento placentário. Assim, pode-se evitar as possíveis mortalidade e reabsorção embrionária.

2ª Fase da Gestação: É o período correspondente ao terço final, ou seja, a partir dos 100 dias da gestação ou últimos 50 a 60 dias antes do parto. Neste período o feto irá crescer 70% do seu peso corporal e nas ovelhas observa-se o início da produção de leite, ao redor de 30 dias antes do parto.
Portanto, neste período as matrizes devem receber a melhor alimentação possível, em quantidade e qualidade, porque nesta fase as exigências nutricionais da ovelha gestando um cordeiro aumentam cerca de 50% e nas gestando gêmeos, em torno de 75% (Minola & Goyenechea, 1975; Coutinho & Silva, 1989; Susin 1996; Cunha et al., 1999).
Nesta fase, as ovelhas deverão ser manejadas com cuidado, desverminadas, sob orientação do médico veterinário da região, e ao redor dos 30 dias antes do parto deverão ser vacinadas contra enterotoxemia e demais clostridioses (Machado, 1990).

6. Época de parição

Nesta época, colocar as ovelhas em locais abrigados, evitar predadores e dar assistência, se possível 24 horas por dia. As matrizes deverão ser desverminadas após a parição.

7. Período de lactação

Como já foi relatado, o desenvolvimento mamário se inicia no final da gestação, ao redor de 30 dias antes do parto, sendo considerada a primeira fase da lactação, a qual está relacionada com a alimentação adequada da ovelha.
A segunda fase da lactação é quando se estabelece o fluxo normal do leite, isto é, no período pós-parto, ocorrendo à maior produção de leite da ovelha até a 4ª semana. (Veja a figura abaixo)

A alimentação nestes períodos: primeira e segunda fase da lactação, é fundamental porque o crescimento do cordeiro, nas primeiras semanas de vida, depende exclusivamente do leite materno. Entretanto, à medida que o cordeiro se desenvolve, a contribuição do leite diminui gradualmente e o crescimento passa a ser dependente de alimentos sólidos e leite (Coutinho & Silva, 1989; Coimbra Filho, 1992; Susin, 1996; Cunha et al., 1999).
Na fase do nascimento até o desmame, os cordeiros deverão ser alimentados com o leite materno e suplementados com uma ração inicial, sob orientação de Zootecnistas, em sistema de “Creep feeding” (comedouro de acesso somente para os cordeiros). Tendo em vista que, aos 8 dias de idade os cordeiros já começam experimentar alimentos sólidos e que a partir dos 21 começam a ingerir ração (Susin, 1996; Cunha et al., 1999; Siqueira, 1999), a prática de suplementação durante a fase inicial de crescimento, estimula o animal a ruminar mais cedo.
Portanto, uma alimentação adequada nas fases da lactação aumenta o ritmo de crescimento, reduz a mortalidade e evita restrições na produção futura do animal. De acordo com Figueiró & Benavides (1990) e Siqueira (1996), os cordeiros, quando bem alimentados, podem ser desmamados aos 45 a 50 dias de idade.

De acordo com Machado (1990), os cordeiros deverão ser vacinados contra enterotoxemia, aos 20 dias de idade e, se possível, revaciná-los (dose reforço) aos 30 dias após a primeira dose. Os mesmos deverão ser desverminados a partir da terceira semana que passarem a ir para o pasto, entrando, posteriormente, no esquema de controle de verminoses do rebanho.

"A eficiência da atividade

reprodutiva é fundamental para

garantir bonsresultados nos sistemas

de criação ovina"

http://www.uniovinos.unipampa.edu.br

6 comentários:

  1. PARABÉNS PELA MATÉRIA MUITO LINDA!

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  2. ADORO ESTE BLOG!
    SOU SUA FÃ ADORO MUITO VC.....VC É MUITO LINDO!
    BEJUS
    PRISCILA
    PARANAVAI

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  3. PARABÉNS PELO BLOG!
    SUAS MTERIAS SÃO MUITO BOAS E ÚTIL PARA NÓS FAZENDEIROS.
    ABRAÇOS
    PAULO
    mS

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  4. MUITO BOA A MATÉRIA ! MUITO SUCESSO!
    ABRAÇOS
    PAULO

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  5. SEMPRE VEJO SEUS PROGRAMAS, PARABÉNS PELO SUCESSO!
    BJ
    mIRIANA

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  6. bOAS FESTAS E MUITO SUCESSO!
    CARLINHA
    SARANDI

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UM GRANDE ABRAÇO DE JONES DARK O NEGRÃO SORRISO!